O Bosque do Silêncio
Antologia de contos de terror/suspense feito através de uma seleção de autores organizada pela Lura Editorial com participação do autor Best-Seller André Vianco, autor dos livros “Os Sete”, “Bento” e “A Noite Maldita”.
Conto escrito por Leonardo Zamprogno: A trilha do fogo-fátuo.
Livro lançado na Bienal do Livo de São Paulo.
Pré-lançamento
Autor: Diversos
Gênero: Terror/Suspense
Formato: 14x21cm
Editora: Lura Editorial
Previsão de Lançamento: 13/09/2024
Uma luz! Parece fogo. Será que estou ficando louco? Deveria procurar sair daqui, mas estou tentando ajudar alguém que nem sei quem é? Preciso ver o que tem ali.
Saio da mata para outra clareira circular. Uma grande fogueira queima no meio. A súbita claridade agride momentaneamente meus olhos já acostumados à escuridão. Mas é estranho, pois não sinto o calor do fogo.
De repente, avisto algo entre as sombras. Formas escuras, envoltas em vestidos brancos esfarrapados, dançam ao redor da fogueira crepitante. Bruxas, penso, o terror me paralisou por completo. Seus olhos brilham com uma luz fria e faminta, e suas vozes ecoam em cânticos que parecem puxar minha sanidade para um abismo sem fim. No meio da fogueira, percebo uma figura humanoide distorcida e enegrecida pelas chamas. Ela se move grotescamente. Elas estão queimando uma pessoa viva!
De repente, elas silenciam todas ao mesmo tempo e apontam para mim. Pânico! Preciso sair daqui agora. Mas cada passo que dou para trás parece me aproximar mais delas, e o terror me consome.
Tropeço e corro, sem direção, até que encontro uma cabana no meio do bosque. A estrutura é velha e decrépita, mas a única coisa que me oferece uma esperança de segurança. Corro até lá, batendo desesperadamente na porta. Uma luz fraca emana de dentro, indicando presença.
– Por favor, me deixe entrar! — imploro, mas a porta não cede.
Olho pela janela embaçada e vejo uma pessoa lá dentro, os olhos arregalados de medo, como se estivesse vendo um espectro. Tento gritar novamente, mas minhas palavras parecem não alcançá-la. Ela treme, o rosto contorcido em terror absoluto, enquanto eu bato e puxo a porta com todas as minhas forças.
– Por favor, abra! – grito, mas a resposta é o silêncio desesperador.
Então, a pessoa dentro da cabana se levanta, cambaleando, e corre para a porta. No momento em que ela a abre, vejo o horror refletido em seus olhos. Ela grita e tenta me afastar, como se estivesse enfrentando seu pior pesadelo. E, quando finalmente consigo forçar a entrada, a luz fraca do interior ilumina brevemente seu rosto. Aparenta ser um homem de meia idade e barba por fazer. Seu rosto, distorcido pelo medo, me encara com olhos vazios e sem vida. Eu o reconheço de algum lugar, mas não me recordo de onde.
– Fique longe de mim! – Ele me empurra, e sai correndo mata adentro, desaparecendo na escuridão do bosque.
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